terça-feira, junho 12, 2007

Recompensa


Vim de onde a luz não brilha

onde o sol não aparece, nao esquenta

de onde o frio queima

de onde não há luar


Fiz trilhas

percorri atalhos

lutei com monstros

só pra te encontar


minha ferida ainda sangra

vermelho vinho

e a agulha ainda emenda

os cortes feito por espinhos


No escuro dessa floresta

onde as arvores vivas pensam

as raizes armam emboscadas

e as corujam cantam sombrio


O medo já não me abala

apenas os cortes me encomodam

mas não me mata

pois minha mente quer a recompensa


Exausta e pálida eu me encontro

Mas de longe tonta eu vejo

e eis que um clarão

surge você da escuridão


Me jogo em seus pés

E te sinto

Logo recupero meus sentidos

você me beija


Em seguida se fecham as feridas

e em seguida me transporto

me vejo em uma paisagem linda

Agora minha pele queima , mas não de frio.



Fernanda Lima*


4 comentários:

Alline Katyuza disse...

Você anda muito intensa por esses dias, hein?

;)

Isabel disse...

Gostei muito de como com uma grande simplicidade consegue dar uma volta pelos seus sentimentos.

Bjt

Nilson Barcelli disse...

O poema, que gostei muito, reflecte o seu estado de alma. Vo cê está paixonadíssima... ou então deu asas à sua liberdade poética, a que todos nós temos direito.
Boa semana, beijinhos.

Max Estrella disse...

hola...debes traducir tus poemas al español cada vez que puedas o poner un traductor en tu blog porque son preciosos....
besos